quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Cuidados com a alimentação podem evitar transtornos nas festas de Fim de Ano





Fim de ano é tempo de comemorações e se alimentar bem faz parte da festa. Para garantir um natal e um ano novo sem surpresas indesejadas é importante tomar algumas precauções antes de se “acabar” na mesa farta. Além da preocupação com os hipertensos e diabéticos, nesse período do ano os casos de intoxicação alimentar são muito comuns. Segundo dados do Ministério da Saúde, aproximadamente dois milhões de pessoas estiveram expostas a doenças transmitidas por alimentos entre 2000 e 2012, no Brasil.
Algumas dicas simples podem evitar que você passe mal ou vá parar no hospital em um dia de celebração. A coordenadora geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Patrícia Jaime, fala quais são esses cuidados que devem ser tomados para evitar a intoxicação. “Observar a qualidade da comida, a limpeza do local onde compra, a refrigeração, e optar por alimentos frescos e saudáveis sempre. Para que os alimentos da ceia não estraguem, eles devem ser cozidos o mais próximo do momento de servir; deve-se cobrir as saladas folhosas para evitar contaminação; e as saladas com molho, como maionese e salpicão, devem ficar na geladeira até o momento de ir à mesa”, alerta.
Com todos os cuidados devidamente tomados, surge a dúvida sobre o que preparar para os hipertensos e diabéticos. A nutricionista conta que para ninguém ficar de fora da festa é possível ter uma mesa recheada que agrade a toda família. “O prato principal pode ser à base de carnes magras, peru, frango, bacalhau, desde que bem dessalgado. Também podem abusar dos vegetais folhosos e dos legumes. O mais importante é tomar cuidado com os doces, é bom que esses sejam substituídos por frutas secas e in natura, principalmente castanhas e nozes que têm gordura saudável”, recomenda.
O alto consumo de gordura em alimentos básicos como a carne e o leite colabora para que quase metade da população brasileira esteja com excesso de peso (48,5%) e obesos (15,8%). A nutricionista destaca que nas refeições de Natal e Ano Novo também pode e deve existir uma boa participação de frutas, verduras e legumes. No Brasil, apenas 20,2% da população consome cinco ou mais porções diárias de frutas e hortaliças, quantidade recomendada pela Organização Mundial da Saúde.
Hipertensão e diabetes – A quantidade de sal que o brasileiro consome é excessiva. O diagnóstico médico de hipertensão arterial e diabetes foi relatado por 22,7% e 5,6% da população, respectivamente. Preocupado com isso, o Ministério da Saúde firmou um conjunto de acordos para reduzir o teor de sódio dos produtos processados com as entidades que representam as indústrias de alimentos no país.
Mas esse consumo também pode ser reduzido em casa. “Evitar saleiro à mesa, o consumo de macarrão instantâneo. Ao invés de abusar no sal pra dar sabor aos alimentos, usar um molho mais saudável à base de tomate, ervas aromáticas, cebola, salsa e cebolinha”, lembra Patrícia.
Guia alimentar do Ministério da saúde traz recomendações sobre como ter uma alimentação saudável. Ele avalia a qualidade da comida que vai à mesa das famílias brasileiras e passa informações simples e diretas sobre como essa dieta deve ser feita.
É importante ressaltar que a ação Aqui Tem Farmácia Popular conta com 25 itens, desses, 14 são distribuídos gratuitamente e o restante é vendido com até 90% de desconto. São medicamentos para hipertensão, diabetes, asma, colesterol, osteoporose, glaucoma, rinite, doença de Parkinson, além de contraceptivos e fraldas geriátricas.
Para a pessoa levar o medicamento para casa, de graça ou com desconto, é necessário a apresentação da receita, CPF, um documento com foto e a assinatura no cupom vinculado. Idosos e pessoas com dificuldades de locomoção ficam dispensadas da presença física, podendo o medicamento ser retirado com procuração pública ou particular com reconhecimento de firma. A entrega em domicilio não é permitida dentro do programa.
Academia da saúde – A nutricionista Patrícia Jaime recomenda que esse período do ano, onde há um maior convívio entre as famílias, seja transformado também em um momento de prática da atividade física, lazer e promoção da saúde. “Além de ajudar a perder aqueles ‘quilinhos’ a mais que foram adquiridos nas ceias, ir a uma Academia da Saúde ou a um espaço de lazer público com a sua família pode ser muito bom para compartilhar junto um momento de prazer. Comece 2013 com mais disposição”, orienta.
Programa Academia da Saúde, criado pela Portaria nº 719, de 07 de abril de 2011, tem como principal objetivo contribuir para promover a saúde da população a partir da implantação de polos com infraestrutura, equipamentos e quadro de pessoal qualificado para a orientação de práticas corporais.
Fonte: Camilla Terra / Blog da Saúde

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

A Mama


Anatomia
A glândula mamária, órgão par, situa-se na parede anterior do tórax, na parte superior e está apoiada sobre o músculo peitoral maior; se estende da segunda à sexta costela no plano vertical e do esterno à linha axilar anterior no plano horizontal.
A mama é formada por tecido glandular, por tecido fibroso e por tecido gorduroso entre os lobos. 



  • Mamilo e Aréola
Externamente, cada mama, em sua região central, apresenta uma auréola e uma papila. Na papila mamária ou mamilo exteriorizam-se 15 a 20 orifícios ductais, que correspondem às vias de drenagem, os lobos mamários.
O mamilo salienta-se como um pequeno corpo cilíndrico ou cônico, um pouco abaixo do centro de cada mama e aproximadamente ao nível do quarto espaço intercostal. A pele característica do mamilo, pigmentada, enrugada e áspera, estende-se por 1 ou 2 cm pela superfície da mama para formar a aréola.
A aréola é áspera devido à presença de numerosas e grandes glândulas sebáceas que produzem pequenas elevações na sua superfície.
  • Tamanho e Formato
O tamanho, formato, bicos e aréola, bem como as glândulas de Montgomery, diferem individualmente de uma mulher para outra. A forma da mama não é afetada pelo tipo básico do corpo de uma mulher.
As mamas raramente são simétricas, mas na maioria dos casos a diferença é de mínima importância. As mamas pequenas têm pouco peso, são altas e empinadas e estão bem distantes da parede do tórax. As mamas grandes são relativamente pesadas, o que faz com que pendam e se assentem próximas à parede do tórax.
  • Densidade
As mulheres mais jovens apresentam mamas com maior quantidade de tecido glandular, o que torna esses órgãos mais densos e firmes. Ao se aproximar da menopausa, o tecido mamário vai se atrofiando e é substituído progressivamente por tecido gorduroso, até se constituir, quase que exclusivamente, de gordura e resquícios de tecido glandular na pós-menopausa.
Fisiologia
 
  • Vascularização
A mama é irrigada pela artéria mamária interna e por ramos da artéria axilar. Da artéria mamária partem os ramos perfurantes que atravessam os quatro primeiros espaços intercostais, em geral dois vasos por espaço, que atravessam o músculo peitoral, atingindo a face posterior da mama. Os ramos axilares da vascularização mamária são a artéria subescapular, a artéria torácica externa e a artéria acromiotorácica.
  • Sistema Linfático
A pele, a aréola, o tecido subcutâneo e o parênquima mamário são drenados por vasos linfáticos, que se dispõem da superfície para a profundidade, formando uma rede linfática que se comunica entre si. Grande parte da drenagem linfática da mama segue em direção aos linfonodos axilares que drenam a linfa proveniente da região centrolateral da mama, enquanto a região medial da mama drena para os linfonodos da cadeia mamária interna.
  • Ciclo de Desenvolvimento
Na infância, as meninas apresentam discreta elevação na região mamária, decorrente da presença de tecido mamário rudimentar. Na puberdade, a hipófise produz os hormônios folículo-estimulante e luteinizante, que controlam a produção hormonal de estrogênios pelos ovários. Com isso, as mamas iniciam seu desenvolvimento com a multiplicação dos ácinos e lóbulos. A progesterona, que passa a ser produzida quando os ciclos menstruais tornam-se ovulatórios, depende da atuação prévia do estrogênio, é diferenciadora da árvore ducto-lobular mamária.
Na vida adulta, o estímulo cíclico de estrogênios e progesterona faz com que as mamas fiquem mais túrgidas no período pré-menstrual, por retenção de líquido. A ação do hormônio progesterona, na segunda fase do ciclo, leva a uma retenção de líquidos no organismo, mais acentuadamente nas mamas, provocando nelas aumento de volume, endurecimento e dor. Após a menopausa, devido à carência hormonal, ocorre atrofia glandular e tendência à substituição do tecido parenquimatoso por gordura.
Função
A principal função da mama é a produção de leite materno para a alimentação do recém-nascido. A mama sofre modificações cíclicas durante o mês em resposta aos diferentes níveis hormonais.
O estrogênio fortalece a mama por meio de reservas de água e uma irrigação sanguínea maior, fazendo com que as glândulas mamárias inchem e multipliquem o número de suas células. 
Estas alterações são um preparo da gravidez e sua consequente produção de leite. Não havendo a fecundação, todas as modificações regridem com o início da menstruação.



  • Equipe Oncoguia
  • - Data da última atualização: 11/05/2012


Fonte:http://www.oncoguia.org.br/conteudo/a-mama/748/12/







Boa tarde ...





quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Gestação Semana a Semana


 
Semana 3 - Momento da fecundação


 Seu bebê é do tamanho da cabeça de um alfinete, mas ainda é cedo para você perceber que está grávida. Os sintomas do início da gestação só aparecerão nas próximas semanas


Semana 4 - Grandes transformações



Se sua menstruação atrasou, esse é o primeiro sinal de gravidez. Um simples teste de farmácia pode acabar com a incerteza. Com o resultado positivo, saiba que seu futuro bebê já é um embrião


  
Semana 5 - Desenvolvimento rápido




 Neste momento, o embrião está com 1,25 mm. Adote uma dieta equilibrada, pois ela será fonte de onde seu filho vai retirar os nutrientes de que precisará para se desenvolver


 Semana 6 - Coração a todo vapor

 
 O coração do futuro bebê está batendo de 120 a 160 vezes por minuto. Seus enjoos também podem estar mais acelerados. O sintoma é previsível e sinaliza de que está tudo bem


Semana 7 - Ouvidos afinam a escuta



Ainda que não aparente que você está grávida, seu corpo, internamente, sofre modificações. Neste momento, os ouvidos de seu filho começam a afinar a capacidade auditiva. Cante para ele!


Semana 8 - O bebê mede 20 mm


 Do tamanho de um feijãozinho, tudo o que notamos no ser humano já está presente no embrião. Em breve, sua cintura vai se expandir para acomodá-lo melhor e você vai notar outras mudanças no seu corpo
  
 
Semana 9 - Cansaço é normal



 Do tamanho de uma azeitona, o futuro bebê se movimenta livremente dentro da bolsa de água. Para seu pleno desenvolvimento, durma o suficiente, tenha uma boa alimentação e evite a ansiedade

  
Semana 10 - Primeiro ultrassom


 O embrião acabou de se tornar um feto. Agora, se inicia a fase do crescimento e do amadurecimento. Por isso, capriche na alimentação, que deve ser rica em vitaminas e sais minerais


Semana 11 - Fim dos enjoos

 
Os órgãos genitais externos estão se formando agora, mas será preciso esperar mais um pouco para saber ao certo o sexo. A boa notícia é que, em geral, os enjoos somem neste momento


Semana 12 - Seu bebê já tem unhas



 Seu corpo começa a se transformar. Abdômen e seios são os primeiros da lista. Enquanto isso, o feto também se modifica. Além de possuir unhas, ele consegue piscar e até ensaiar o primeiro xixi


Semana 13 - Bebê em crescimento

A cabeça do feto vai dar uma pausa no crescimento para o resto do corpo ganhar volume. Para você, vale a dica de privilegiar na alimentação todos os alimentos ricos em ferro para evitar a anemia



Semana 14 - A linha nigra aparece


 As papilas gustativas começaram a funcionar e, por isso, o feto já percebe a diferença entre o doce e o salgado. Quanto a você, não se assuste se aparecer a linha nigra na sua barriga. Ela some depois que o bebê nasce


Semana 15 - Sexo do bebê


Nesta semana, o futuro bebê pesa 50 g e mede 10 cm. Também já é possível saber seu sexo a partir de agora. O único impedimento será o fato de ele fechar as perninhas durante o ultrassom


Semana 16 - Os órgãos formados

 Os órgãos do bebê estão a postos e se desenvolvendo. Consuma alimentos ricos em ferro e zinco, que estimularão a produção de glóbulos vermelhos e manterão o sistema imunológico funcionando bem


Semana 17 - Sentir o bebê mexer


 
 O futuro bebê tem apenas 12 cm, mas ele já se mexe com agilidade. Muitas mães começam a sentir o bebê justamente nesta fase. A princípio, os toques são delicados, mas logo serão inconfundíveis


Semana 18 - Inchaço na gravidez


Como anda o seu peso? Será que você comeu mais do que deveria ou está inchada? Nos dois casos, preocupe-se em hidratar a pele para que ela tenha elasticidade para esticar e não formar estrias


Semana 19 - Celulite na gravidez
 
 

 É normal se sentir inchada e perceber o aparecimento de celulite. Uma dica é diminuir o sal e consumir alimentos ricos em magnésio, que ajuda a controlar a pressão e previne contrações uterinas


Semana 20 - Colostro pode aparecer


 Não se surpreenda se sair um líquido branco, em pouca quantidade, do bico do seu seio. Trata-se do colostro, o leite que alimentará o recém-nascido nas primeiras mamadas


Semana 21 - Manchas na pele


 Há muito a fazer quando o assunto é beleza. A dica mais importante para uma grávida é usar o protetor solar todos os dias, pois a pele está mais suscetível a manchas, que podem ser evitadas


Semana 22 - Ganho de peso


 Você agora está ganhando peso de maneira mais estável e constante. Quanto ao bebê, saiba que ele já fisionomia definida, com cílios, sobrancelhas, pálpebras, lábios e brotos dentários, que darão origem aos dentes

 
Semana 23 - Estrias na gravidez


 Até agora, seu útero deve ter alcançado 22 cm. Conforme a barriga cresce, a pele coça e as estrias podem aparecer. Utilize cremes indicados para prevenir as coceiras e, de quebra, evitar essas marcas

 
Semana 24 - Início do enxoval



 Como anda o enxoval do pequeno? Está na hora de ir às compras. Apenas tome cuidado para não se esforçar demais e acabar sentindo tonturas. Se isso acontecer, fale com seu médico


Semana 25 - Humor oscilante


 Todas as gestantes experimentam a sensação de estar com as emoções intensificadas e o humor oscilante. Sintomas esperados, já que os hormônios estão em ebulição no seu organismo


Semana 26 - Diabete gestacional


O diabete gestacional atinge 10% das grávidas e, geralmente, desaparece depois do parto. Nesta semana, seu obstetra pode pedir o teste de glicemia pós-prandial, que avalia como seu organismo processa o


Semana 27 - Desejos de grávida


 Seu bebê está com cerca de 34 cm e já é capaz de abrir e fechar os olhos. O que não é lá muito normal é sua vontade de comer coisas esquisitas. Os médicos suspeitam que pode ser a falta de algum nutriente


Semana 28 - Respiração difícil

 
O mexe-mexe do bebê está empurrando o seu diafragma e isso torna sua respiração mais difícil. Sangramentos nasais e sensação de nariz entupido também são outros incômodos deste período


Semana 29 - Formigamentos


 Nesta fase, seu bebê se posiciona de cabeça para baixo e assim permanecerá até o parto. Se um certo formigamento te incomoda, saiba que pode ser porque o útero está pressionando os vasos sanguíneos


Semana 30 - Problemas circulatórios


 As cãibras e os inchaços em pés, mãos e rosto podem aumentar. Isso acontece porque há uma grande quantidade de sangue circulando pelas veias, e seu retorno ao coração nem sempre é fácil


Semana 31 - Peso na gravidez


Você deve ter 12 kg a mais dentro de você somando os pesos do bebê, da placenta e do líquido amniótico. O pequeno está em pleno crescimento, que vai da semana 28 à 37, com um ganho de 200 g a cada sete dias


Semana 32 - Coração da grávida



 Você sente o coração trabalhando mais? A partir desta semana, esse órgão trabalha um quarto mais rápido do que o convencional para dar conta do volume de sangue que aumentou cerca de 2,5 litros


Semana 33 - Dor de estômago

Seu pequeno alcançou os dois quilos. Seu comprimento total, da cabeça aos pés, é de 43 cm. Grande assim, só poderia pressionar o seu estômago e, em consequência, o apetite pode diminuir e a azia aumentar


Semana 34 - Ultrassom checa o peso

 O bebê está quase pronto, com os órgãos completamente formados. Em breve, o obstetra recomendará mais um ultrassom para verificar o peso do bebê e a evolução de seu desenvolvimento


Semana 35 - Bexiga apertada


Seu pequeno chegou aos 2,5 quilos e mede 45 centímetros, em média. Com isso, mal sobra espaço para a bexiga inflar, o que te coloca no corre-corre o dia inteiro em direção ao banheiro, não é?

 
 Semana 36 - Reta final



Para o bebê, o que falta é engordar um pouco. Para você, é hora de começar a desacelerar. Não descuide da alimentação. Alimentos leves e muito líquido irão ajudá-la a se sentir melhor


Semana 37 - Contrações na gravidez



 Seu bebê dá sinais da maturidade. Se ele nascer por esses dias, não será considerado prematuro. Aproveite as frequentes consultas médicas para saber quais são os sinais que indicam trabalho de parto

 
Semana 38 - Proximidade do parto

 Esta é uma boa semana para sair de licença-maternidade, pois falta muito pouco para o bebê nascer. Saiba que a frequência cardíaca do bebê é duas vezes mais rápida do que a sua


Semana 39 - Qual é a dilatação?


Agora, suas consultas ao obstetra são muito mais frequentes. Você precisa desse acompanhamento para que o médico verifique o crescimento e a posição do bebê e também a dilatação do colo do útero


 Semana 40 - Contrações intensas


 Prepare-se, está chegando a hora de ver a carinha do seu filho. A qualquer momento, as contrações mais intensas aparecerão. Ao perceber um padrão no intervalo entre elas, siga para a maternidade







 Fonte https://www.facebook.com/?ref=tn_tnmn#!/Entre.Mamaes




 

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Câncer de Mama


Desvende os 10 principais mitos sobre o câncer de mama

Desconhecimento da população atrapalha a prevenção e o tratamento da doença

Por Laura Tavares - publicado em 01/10/2012
 
 
O mês de outubro marca um período de mobilização internacional chamado Outubro Rosa, campanha com objetivo de informar a população sobre a prevenção do câncer de mama, variação que mais mata mulheres no Brasil, apesar de também afetar os homens, ainda que em menor proporção (1 homem a cada 100 mulheres).

O grande número de casos, no entanto, acabou dando origem a muitos mitos sobre a doença. Para esclarecê-los de uma vez por todas, conversamos com os especialistas que mais entendem do assunto. Desvende um por um e aprenda como se prevenir corretamente ou melhorar a adesão ao tratamento.
 

MITO 1: o câncer de mama sempre aparece como um caroço

Existem duas formas principais de aparecimento do câncer de mama. "A primeira delas é o nódulo ou caroço, como é popularmente conhecido", afirma o mastologista Eduardo Millen, diretor da Sociedade Brasileira de Mastologia. A outra forma mais comum é a microcalcificação. "Neste caso, apenas a mamografia consegue fazer o diagnóstico precoce, quando ele tem, no mínimo, 1 milímetro", aponta. Em torno de 1,5 e 2 centímetros, essa calcificação já consegue ser identificada pelo exame clínico feito por um bom mastologista. Há casos menos comuns ainda em que ocorre uma secreção sanguinolenta pelo mamilo de forma espontânea ou descamação da auréola e do mamilo.
Mulher em consulta médica - Foto Getty Images

MITO 2: todo caroço na mama é um câncer

Nem todo caroço na mama é um câncer. "Na verdade, a maioria dos nódulos que surgem são benignos", afirma o mastologista Silvio Bromberg, do Hospital Albert Einstein. Geralmente, eles são fibroadenomas ou proliferações das células da glândula mamária. Existem ainda os falsos nódulos ou cistos. Neste caso, o potencial de malignidade é nulo, já que o caroço não é nem mesmo sólido.

De qualquer maneira, qualquer paciente que identificar um caroço no seio deve procurar um mastologista, independente da idade. Mesmo um nódulo benigno pode exigir acompanhamento médico para que não cresça ou se torne maligno.
Mulher passando desodorante - Foto Getty Images

MITO 3: antitranspirantes e desodorantes favorecem o aparecimento do câncer de mama

"Não há qualquer relação entre o uso de antitranspirantes ou desodorantes e o câncer de mama", afirma a mastologista Maria do Socorro Maciel, diretora de mastologia do Hospital A. C. Camargo. Nenhum estudo comprovou que o uso, seja de produtos roll on, spray ou aerosol, favoreça o desenvolvimento da doença.
Idoso com enfermeira - Foto Getty Images

MITO 4: apenas mulheres com histórico de câncer de mama na família podem ter a doença

"Qualquer pessoa em qualquer idade pode desenvolver um câncer de mama, independente do sexo, da cor ou do histórico familiar", afirma o mastologista Eduardo. Ele aponta, entretanto, que alguns pacientes apresentam um risco maior de ter a doença do que outras. Elas se enquadram nos chamados 'grupos de risco'.

O primeiro grupo de risco é o daqueles que têm dois ou mais parentes que tiveram câncer de mama ou de ovário antes da menopausa, no caso das mulheres. O segundo se refere aos grupos que apresentaram mutações genéticas diretamente ligados ao câncer de mama. O terceiro grupo inclui pacientes que receberam tratamento contra o câncer com radioterapia no tórax antes dos 25 anos. "Depois dessa idade, o DNA não sofre mutações que podem favorecer o câncer de mama", diz o especialista.

Quem pertence a um desses grupos deve começar a fazer exames de mamografia a partir dos 25 anos, aproximadamente. As demais pessoas devem começar a prevenção com a mamografia a partir dos 40 ou 50 anos.
Biópsia - Foto Getty Images

MITO 5: a biópsia do câncer de mama pode causar uma metástase

"A metástase pode acontecer quando o câncer apresenta células capazes de se deslocar e implantar em outras partes do corpo, o que independe da realização ou não de uma biópsia", afirma a mastologista Maria do Socorro.
Sutiã justo - Foto Getty Images

MITO 6: sutiã apertado pode causar câncer de mama

Com ou sem aro, com ou sem bojo, com alças largas ou finas, não importa. "O sutiã não favorece o desenvolvimento do câncer de mama", afirma o mastologista Eduardo. Nenhum estudo foi capaz de provar ação de causa e efeito.
Mamografia - Foto Getty Images

MITO 7: autoexame dispensa a mamografia

O autoexame das mamas caiu por terra. "Nenhum estudo conseguiu provar que ele diminui a mortalidade por câncer de mama", afirma o especialista Silvio. Por isso, nada dispensa consultas com mastologistas ou exames de mamografia. De qualquer forma, o toque durante o banho ou em outro momento mais calmo ajuda a identificar lesões ou nódulos. Quando isso acontece, a primeira medida é procurar um médico para uma avaliação mais detalhada.
Mulher colocando o sutiã - Foto Getty Images

MITO 8: mulheres com seios pequenos não têm câncer de mama

"A chance de uma mulher desenvolver câncer de mama não está relacionada ao tamanho dos seios", afirma o mastologista Eduardo. Verdadeiros fatores de risco são a obesidade, a hereditariedade e o cultivo de maus hábitos, como fumar.
Mulher segurando próteses de silicone - Foto Getty Images

MITO 9: próteses de silicone favorecem o desenvolvimento do câncer de mama

"Próteses de silicone não aumentam o risco de desenvolver o câncer de mama", diz o especialista Silvio. Antes de fazer o implante, entretanto, recomenda-se realizar uma consulta com um mastologista para ter certeza de que não há qualquer nódulo nas mamas.
Ultrassom da mama - Foto Getty Images

MITO 10: próteses de silicone atrapalham o diagnóstico do câncer de mama, piorando o tratamento

As próteses podem dificultar um pouco o diagnóstico do câncer de mama, dependendo do tipo ou do tamanho dos implantes ou de onde esses implantes foram colocados. Vale ressaltar, entretanto, que esse obstáculo não interfere de maneira alguma no tratamento da doença. "Mesmo com a prótese, o câncer de mama ainda é identificado em estágio inicial, desde que a mulher faça mamografias regularmente", afirma a especialista Maria do Socorro.
 
 
 
Fonte:http://www.minhavida.com.br/saude/galerias/15646-desvende-os-10-principais-mitos-sobre-o-cancer-de-mama