quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Novos casos de câncer de pele aumentaram 36% nos últimos 10 anos

Índice foi apurado já descontando o crescimento da população brasileira no período.

O número anual de novos casos de câncer de pele na população brasileira cresceu de 116 mil para 175 mil entre 2006 e 2016, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer. Nesse intervalo, a incidência aumentou de 62,1 para 84,5 para cada grupo de 100 mil pessoas. A taxa bruta de crescimento da doença foi de 51%. Descontando-se o aumento da população no período, o acréscimo foi de 36%.

Os dados se referem ao câncer de pele do tipo não melanoma, que é o mais frequente no Brasil, correspondendo a 30% de todos os tumores malignos. Conforme números do INCA, o índice de óbitos entre os pacientes com a doença ocorre na proporção de um para cada 76 novos casos. O envelhecimento da população e o descuido com a pele durante a exposição solar estão entre as principais causas do aumento da incidência.

Por outro lado, o índice de novos eventos de câncer de pele do tipo melanoma manteve-se estável entre 2006 e 2016: em torno de 5,6 mil novos casos por ano – o que corresponde a cerca de 1% de todos os tumores malignos. Segundo dados do instituto, o número de óbitos entre pacientes com este tumor é elevadíssimo, perto de 50%, em função da grande possibilidade de metástase. Contudo, o prognóstico pode ser considerado bom quando a doença é detectada nos estágios iniciais.

Principais vítimas

Relativamente raro entre crianças e pessoas negras, o câncer de pele é mais comum em indivíduos com mais de 40 anos. As principais vítimas se encontram nos grupos de pessoas com pele clara e sensíveis à ação dos raios solares ou que tenham apresentado um histórico significativo de doenças cutâneas. Estatisticamente, 80% dos casos ocorrem na faixa da população com mais de 60 anos. Porém, estudos demonstram que sua incidência vem aumentando drasticamente em indivíduos mais jovens.

O câncer de pele não melanoma pode se apresentar em diferentes linhagens, uma vez que a pele não é apenas heterogênea, mas também o maior órgão do corpo humano. Os tumores mais frequentes são o carcinoma epidermoide e o carcinoma basocelular (o menos agressivo) - que representam, respectivamente, 20% e 80% dos casos. Com relação a esta última doença, sabe-se que aproximadamente 40% dos pacientes irão apresentar uma ou mais lesões nesta categoria em dez anos.

Exames da Transduson na área de Dermatologia

·        Exame anatomopatológico;
·        Análise imuno-histoquímica;
·        Ultrassom de pele;
·        Pesquisa de linfonodo sentinela;
·        Pesquisa de mutação do gene p16 para avaliação de risco de melanoma hereditário;

·        Exame micológico direto e cultura.